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Educação: uma prioridade esquecida

A educação deveria ser prioridade no Brasil. É por meio dela que garantimos o futuro de nossas crianças e do País. Investir na qualidade da educação hoje é oferecer um futuro mais digno e igualitário a todos, com maiores oportunidades no âmbito pessoal e profissional de cada estudante. Nosso País simplesmente não se preocupa com o patrimônio mais importante que tem: o povo e seu conhecimento.
De acordo com o último levantamento do Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional), realizado pelo Instituto Paulo Montenegro, apenas 26% da população brasileira de 15 a 64 anos é plenamente alfabetizada. Esse número significa que três quartos da população brasileira não são capazes de ler e compreender um texto. Na matemática, a situação não é muito diferente: apenas 23% conseguem resolver um problema que envolva mais de uma operação.
Nossos alunos mal sabem o básico do básico. Eles se atrapalham para interpretar um texto em sua própria língua e não conseguem raciocinar diante de um cálculo. A lição de casa não vem sendo feita e não é só pelos estudantes, é por ninguém. A começar pelo governo, que não demonstra interesse algum em virar a página.
Falta a valorização da educação no Brasil. Falta o governo valorizar os profissionais da área e o direito da criança e do adolescente ao estudo. Falta valorizar a importância e o impacto que um ensino de qualidade tem na vida dos jovens.
Nossos professores ganham baixos salários, não recebem cursos de atualização e ainda são obrigados a darem suas aulas em prédios mal acabados, com infra-estrutura precária e material didático insatisfatório. Quem é que tem vontade de trabalhar e ensinar nestas condições? Para piorar a situação, a merenda oferecida aos alunos e colaboradores é pobre em valor nutricional, as atividades extracurriculares são raras e o conteúdo, apresentado em sala, fraco e de baixa qualidade. Quem é que tem vontade de estudar assim?
A educação brasileira precisa de investimentos, mas precisa, principalmente, de prioridade com determinação e crença no futuro. Se forem valorizados, os professores terão o prazer de investir e multiplicar seu conhecimento por meio do ensino. Com salas de aula adequadas, atividades interessantes e assuntos aprofundados e curiosos, os alunos terão vontade de passar mais tempo na escola do que na rua.
As soluções já são conhecidas, mas estão esquecidas. É possível e preciso virar esta página.
Fonte: administradores.com.br

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